Mais um ano começou e assim como nos anteriores, algumas profissões seguem em alta, principalmente nas áreas de TI, RH, Marketing Digital e Vendas, conforme conta nesta matéria, Tey Yanagawa, Insights no Grupo Cia de Talentos. “Em relação a 2022, não houve nenhuma mudança brusca, nenhuma nova profissão em ascensão. Mas sem dúvida, as áreas de Tecnologia, Marketing Digital, Vendas e Recursos Humanos têm um espaço muito grande no mercado”, valida.
Na área de TI, a demanda é para todos os segmentos. “Nós temos acompanhado o mercado e em conversas com os nossos clientes, as profissões nesta área continuam em alta, em todas as principais atuações, como na segurança da informação, desenvolvimento, infraestrutura, engenharia de software, entre outras, e também nas áreas que envolvem interfaces digitais”, especifica.
Marketing digital
Na onda aquecida da transformação digital, Tey conta que o destaque é para os profissionais de Marketing e Vendas, que dominam as redes sociais, para que as empresas consigam ter relevância e alcance, independentemente do produto ou serviço que elas estejam comunicando. “Principalmente, as profissões focadas em canais digitais continuam crescendo, com o marketing digital e a parte de vendas muito conectados com inteligência de mercado, aproveitando as múltiplas interações que acontecem no ambiente digital”.
Tech Recruiter
Tey também destaca a área de RH com um papel de protagonista nas tendências digitais. “É uma área que está bem aquecida, conectada com as transformações digitais, e nós temos falado muito sobre os Tech Recruiter. A demanda por esses profissionais continua alta neste ano”, pontua. Tech Recruiter é o profissional especializado em recrutamento e processo seletivo para a contratação de pessoas para a área de tecnologia.
Ela ainda aponta como forte tendência para este ano a continuidade do modelo híbrido de trabalho, a prestação de serviço para mais de uma empresa e a necessidade da educação contínua e de formação de novos profissionais.
Educação contínua
Nas palavras de Tey, o mundo e as carreiras vêm passando por uma transformação muito grande e o treinamento e o desenvolvimento são fundamentais para as pessoas se manterem atualizadas. “A aprendizagem contínua e a cultura de aprendizagem contínua são pautas que seguirão em alta para os profissionais da área de Recursos Humanos”, acrescenta.
E, ainda, que é muito importante a transformação cultural atrelada a uma mentalidade de aprendizado constante, de renovação das capacidades, criatividade, inovação e empreendedorismo. “Neste sentido, eu vejo a área de RH à frente de um movimento bastante positivo para 2023”, enfatiza.
Soluções coletivas
Principalmente na área de TI, que há anos enfrenta uma escassez de profissionais, Tey diz que neste ano não será diferente. “A oferta de posições para esta área crescerá e o mercado não acompanhará a formação e a qualificação destes profissionais”. Para sanar esse problema, ela aponta dois caminhos: o da marca empregadora, mas principalmente, soluções coletivas para novos entrantes neste mercado.
“As empresas terão que continuar a investir muito no trabalho de marca empregadora, porque dentro de um cenário de escassez, fazer isso e comunicar bem a proposta de valor das oportunidades é muito importante, pois as pessoas estão escolhendo trabalho. Quanto mais bem posicionada for a empresa nesse processo de escolha, ela tem uma vantagem nesse cenário”.
E mais do que isso, ela defende que é preciso pensar em soluções coletivas ou o mercado continuará competindo por um conjunto de recursos humanos limitados. “É preciso pensar em soluções para incentivar as pessoas a se interessarem pela área de tecnologia e para fomentar a formação de novos profissionais para atuarem nesta área. É as empresas se associarem às áreas de educação e formação, promovendo o ingresso de mais pessoas nesta área, tanto no aspecto da educação quanto no da empregabilidade”.
Modelo de trabalho
Na visão de Tey, o modelo de trabalho híbrido tende a ganhar mais força do que o de home office neste ano. “Claro que é para um nicho específico, para pessoas que trabalham em funções que as possibilitam exercê-las remotamente”. Outra tendência é a contratação por prestação de serviço.
“Eu acho que as empresas vão buscar multiplicar os formatos e vínculos de trabalho para que elas não percam a possibilidade de trabalharem com pessoas talentosas, de forma que consigam aproveitar toda a inteligência coletiva que existe no mercado e que não necessariamente quer fazer parte de um vínculo tradicional de trabalho”, conclui. O que significa a tendência de um profissional prestar serviço para mais de uma empresa.
