O home office se tornou um importante modelo de trabalho não só por causa do distanciamento físico exigido pela pandemia do Covid-19, mas também pela flexibilidade oferecida aos profissionais. Porém, assim como em qualquer lugar onde se trabalhe, seja em casa, escritório ou espaço de coworking , é necessário cuidar das condições para se ter uma melhor qualidade de vida no ambiente de trabalho. O que as empresas podem fazer para melhorar esse aspecto? Por que é importante um programa de qualidade de vida no ambiente de trabalho? Quais são as melhores estratégias? Conheça as respostas nos próximos tópicos!

A importância da qualidade de vida no ambiente de trabalho?

Estamos todos exaustos! Esse é o título de um artigo sobre saúde mental da International Stress Management Association (ISMA). De acordo com essa matéria, muitos profissionais sentem os sintomas da ausência da qualidade de vida no ambiente de trabalho. Em especial, nesses tempos de pandemia.

Ainda sobre o artigo da ISMA, notamos alguns números que soam como alertas para as empresas:

• 44% dos profissionais brasileiros sentem exaustão no trabalho;
• 57% disseram que sentem cansaço até no home office.

Esses dados são um recorte da atual fase pandêmica, mas sinalizam para a necessidade da adoção de estratégias de qualidade de vida no trabalho, em curto, médio e longo prazo. Quando não existe essa prática na empresa, a produtividade, o engajamento e a felicidade dos profissionais, são logo afetados.

Por outro lado, quando a organização promove a qualidade de vida no escritório físico e nas estações remotas de trabalho, os resultados são:

• Redução do estresse;
• Fortalecimento do sentimento de pertencimento;
• Diminuição da rotatividade interna;
• Elevação do desempenho e da produtividade dos times;
• Melhoria da employer experience (experiência dos colaboradores).

Podemos dizer também que as empresas que cuidam da saúde física, mental e emocional dos profissionais, bem como do clima do ambiente de trabalho, obtêm ganhos externos. Como assim? Um cenário corporativo como o descrito, potencializa a employer branding (marca empregadora) do negócio.

Sendo assim, a marca ganha uma excelente reputação perante os profissionais do mundo empresarial. O resultado é o aumento da retenção e atração de talentos para o time interno. Todo esse pacote de benefícios mostra que implantar a qualidade de vida no ambiente de trabalho gera um excelente retorno sobre o investimento.

Como melhorar a qualidade de vida da sua equipe?

O livro “Qualidade de Vida no Trabalho – QVT”, escrito por Ana Cristina Limongi-França, revela que, no moderno contexto empresarial, a QVT não deve ser encarada como uma simples estratégia operacional, mas uma das principais ações corporativas estratégicas.

Essa percepção da autora é compatível com a seguinte realidade: sem um time com qualidade de vida, a empresa não consegue evoluir nos negócios. Mas como implantar esse conceito dentro da organização? Vejamos algumas dicas.

1.Controle de ponto

É importante ressaltar a diferença entre a gestão e o controle de ponto. Na primeira, a empresa apenas gerencia os horários de início, intervalo e fim do expediente através de um REP ou marcação digital, o que não garante, com 100% de precisão, que o funcionário continua trabalhando após a marcação de ponto ou se está fazendo horas extras por uma real necessidade da empresa. Essas horas só são averiguadas após já terem ocorrido, sendo assim, uma ação reativa a um possível problema. Já com o controle de jornada há a segurança do RH, gestores e jurídica de que o horário estabelecido em contrato está sendo cumprido. Isso se refere tanto ao início e fim de expediente, quanto intra e inter jornada de trabalho, pois há o bloqueio da estação de trabalho do colaborador. Mesmo havendo a real necessidade de horas extras, elas precisam ser aprovadas previamente pelo gestor ou RH, proporcionando assim, uma gestão pró-ativa e estratégica do colaborador.

Quando a empresa foca na gestão de ponto, mas não consegue ter o real controle da jornada, os profissionais podem trabalhar demais. O resultado talvez seja a exaustão mental e física. Em contrapartida, o gerenciamento correto do ponto e da jornada, permite que os colaboradores remotos e presenciais equilibrem a sua vida profissional e pessoal.

2.Momentos de integração

Nós somos seres sociáveis. Por isso, os colaboradores precisam estabelecer conexões uns com os outros por meio de interações de qualidade. Em especial aqueles que trabalham em home office por tempo integral. Mas como fazer a integração das equipes?Uma maneira é pela realização de eventos. Por exemplo: happy hours, pausas para o café, festinhas de confraternização e reuniões descontraídas. Para os colaboradores remotos, esses encontros podem ser virtuais. O importante é que aconteçam com regularidade.

3.Clima organizacional

A qualidade de vida está intimamente relacionada com o clima organizacional. Sendo assim, a melhora desse último impacta no primeiro. Uma excelente estratégia para a otimização do clima interno é uma boa política de benefícios flexíveis.

Isso permite que os colaboradores montem suas cestas de benefícios de acordo com as suas necessidades e desejos. Pode ser um desconto em academia, universidades, sessões de terapia alternativa ou auxílio-creche.

Também é relevante considerar benefícios específicos para os colaboradores que estão atuando remotamente, como auxílio internet, ou uma ajuda de custo para investimento em mobiliário, disponibilização de cadeiras e itens que favoreçam a ergonomia no trabalho em casa.

Segundo o “Índice de Qualidade de Vida no Trabalho”, produzido pela Sodexo, 54% dos profissionais entrevistados disseram estar satisfeitos com o seu trabalho. Esse percentual positivo pode fazer parte da realidade de qualquer empresa – basta adotar as práticas da qualidade de vida no trabalho.

O que achou do nosso artigo? Entendeu a importância e as melhores estratégias para a qualidade de vida no ambiente de trabalho? Então, entenda agora quais são as demandas dos Millennials e Zs no mercado de trabalho.