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A área de Recursos Humanos começou a automatizar processos com a popularização da internet, a partir de meados dos anos 1990. Surgiram os portais de Recrutamento & Seleção, os processos de aprendizagem assíncronos (e-learning) e os processos de avaliação de desempenho – tanto soft skills como metas e resultados – que começaram a se transferir do papel para o informatizado. Agora, o que mais se fala é do RH Digital. Mas afinal, o que é o RH Digital?

Paula Esteves, Co-CEO da Cia de Talentos, o define como a adoção e integração de ferramentas digitais e tecnológicas para otimizar os processos de RH, melhorar a eficiência, tomada de decisões baseadas em dados e promover a colaboração. Simplificando burocracias, reduzindo erros, aumentando a produtividade e engajamento das pessoas colaboradoras. “No contexto do RH Digital são utilizadas diversas soluções e tecnologias, como sistemas de gestão de RH, softwares de automação de processos, inteligência artificial, análise de dados, ATS, treinamento e desenvolvimento on-line, entre outras”, afirma. 

Foto: Paula Esteves/Divulgação

Ela esclarece que diferentemente da automatização dos processos de RH, que utiliza a tecnologia para automatizar tarefas e processos rotineiros de recursos humanos, o RH Digital busca não apenas automatizar tarefas, mas também melhorar a experiência das pessoas colaboradoras, promover a colaboração, facilitar a comunicação interna, identificar talentos, desenvolver habilidades, fornecer insights e análises estratégicas para a tomada de decisões, permitindo que o RH desempenhe um papel mais estratégico na organização.

Em qual patamar estão as empresas?

Denise Asnis, fundadora e sócia da Oré Consultoria, avalia que algumas empresas no País já estão avançadas na digitalização de processos, mas outras ainda estão bem atrasadas. “Elas não têm interligação de processos, não têm gestão de dados e nem bancos de dados inteligentes. Por outro lado, existem as que já utilizam bancos de dados inteligentes, porém, ainda não a inteligência artificial, que tem sido mais usada nas atividades fins, como para o desenvolvimento e vendas de produtos. Mas acredito que a inteligência artificial é uma tendência para a área de RH”.

Ela ilustra que nos Estados Unidos, chatbots já são usuais para processos seletivos, porém lá, a realidade é diferente do Brasil. “O recrutamento nos Estados Unidos é mais baseado nas competências técnicas do que nas comportamentais. Para posições mais operacionais, eles usam bastante a inteligência artificial”, explica.

Foto: Denise Asnis/Divulgação

Impactos das novas tecnologias

Aqui no Brasil, Paula comenta que as novas tecnologias estão sendo usadas para aprimorar a colaboração e a comunicação interna e externa. “Elas permitem que as pessoas se conectem virtualmente, participem de reuniões, treinamentos, eventos de forma imersiva e usem chatbots alimentados por inteligência artificial que fornecem suporte automatizado e respostas rápidas a perguntas frequentes com uma experiência mais impactante e agregadora. As tecnologias estão em constante evolução, e seu impacto no RH continuará a se expandir à medida que novas aplicações e recursos são desenvolvidos”. 

No entanto, ela alerta que essas tecnologias são ferramentas complementares e devem ser usadas de forma ética e responsável. “Considerando sempre o aspecto humano e mantendo a privacidade e segurança dos dados”.

Desafios para a adoção das novas tecnologias

A falta de processos mapeados, indicadores e acompanhamentos, e a gestão de processos e resultados são, na opinião de Denise, o primeiro desafio para a adoção de novas tecnologias na área de RH. O segundo é a cultura da empresa. “É o querer fazer como sempre foi feito, sem estar aberto para o novo, com uma visão do que é mais produtivo, efetivo e que traz mais resultados para a empresa”, explica.   

Nesse aspecto, Paula diz que é importante o gerenciamento de mudanças. “A implementação de tecnologias disruptivas podem gerar resistência e preocupação, elas requerem uma mudança de mentalidade e a capacidade de se adaptar a novos processos e ferramentas. Sempre devemos comunicar de forma clara os benefícios e objetivos dessas tecnologias, oferecer suporte, treinamentos adequados e acompanhar como tem sido a adesão”. 

Ela acrescenta que embora as tecnologias sejam capazes de automatizar tarefas e fornecer insights valiosos, é fundamental encontrar o equilíbrio certo entre automação e o aspecto humano. “Empatia, respeito e conexão entre as pessoas continuam sendo muito importantes”, ressalta. 

Habilidades humanas se manterão

Nas palavras de Paula, mesmo com o avanço digital, diversas competências e habilidades humanas não serão substituídas, como o relacionamento interpessoal, a empatia, a capacidade de comunicação, o pensamento crítico e a criatividade. “As relações interpessoais são fundamentais para a construção de um ambiente de trabalho saudável e produtivo. A tecnologia pode ajudar na comunicação e no compartilhamento de informações, mas não substituirá a interação humana, como o desenvolvimento de relações de confiança entre as lideranças e as pessoas colaboradoras”.

Participe

No dia 28 de junho, a Soft Trade realizará o evento “Metaverso: a palavra da vez. Qual é o papel do RH e do TI nessa descoberta?”, no CIESP Castelo, em Osasco (SP). Para saber mais e se inscrever, acesse: bit.ly/eventometasofttrade.

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