MulheresTech: como as mulheres estão se saindo no ramo da tecnologia
Atualmente, a taxa de inserção de mulheres brasileiras no mercado de trabalho está em 53,2%, enquanto a participação masculina gira em torno de 72,6%, segundo um estudo do FGV-Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas). Já em cargos de liderança, a presença feminina é ainda menor, apenas 38%, porém, 52% mais alto do que em 2019, conforme aponta um levantamento realizado pela Grant Thornton.
Na área de TI, ainda há um longo caminho para elas, tanto que estudos da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais (Brasscom) mostram que o setor de Tecnologia e Comunicação emprega apenas 37% de mulheres. Já na Soft Trade, a participação dos dois gêneros no quadro de colaboradores é bastante equilibrada nos mais diversos cargos.
Relatos
Nesta matéria, confira a trajetória de três profissionais da Soft Trade, a começar pela Gerente Comercial, Nathany da Silva Almeida. Prestes a completar 32 anos de idade, ela teve a sua carreira pautada na área de RH. O seu primeiro emprego foi na ABTD, Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento, em 2008. Inicialmente como recepcionista, em pouco tempo, ela foi convidada para fazer parte do time do CBTD, o maior evento da associação, onde atuou como assistente de vendas e de coordenação de vendas. “Tenho muita gratidão pela ABTD, por ter sido o meu primeiro emprego e por ter crescido muito lá”, afirma.
“Em 2009, eu recebi uma ligação da Soft Trade para trabalhar no help desk. Eu comecei dando suporte aos usuários do FatoR H, sistema para folha de pagamento que eu já conhecia. Depois, eu vi uma oportunidade para trabalhar na área de qualidade e migrei para essa área. Fiquei na empresa até 2016”, afirma. Um ano depois, a área de qualidade estava sendo reestruturada e ela foi chamada de volta, desta vez, como Analista de Testes e Qualidade Pleno.
“O meu trabalho é verificar se as funcionalidades desenvolvidas estão de acordo com a solicitação que gerou a demanda e dentro dos padrões de qualidade da empresa com relação a usabilidade, confiabilidade e funcionalidade”, explica.
Com a pandemia, ela conta que demorou um pouco para se adaptar à rotina da casa. “Eu estava acostumada a ir para o escritório todos os dias. Eu moro com a minha mãe e a minha irmã, e demorei um pouco para me adaptar com a rotina de casa e a do trabalho. Hoje, eu consigo separá-las muito bem e até fazer atividade física, o que eu não conseguia antes por falta de tempo”.
Para ela, o home office a ajudou não apenas a administrar melhor o seu tempo, como também para estar mais próxima da família. “Quando eu trabalhava no presencial eu saia muito cedo e quem cuidava da minha mãe era a minha irmã. Agora, eu tenho mais tempo para ajudá-la e para administrar as coisas de casa”.
Para finalizar, ela comenta que nunca imaginou que entraria na área de tecnologia, ela pensava que seguiria uma carreira na área de RH. Agora, ela diz que quer conhecer a área técnica. “Eu vejo que há uma necessidade cada vez maior dos profissionais da área de qualidade ter formação técnica, para atuar mais ativamente junto aos desenvolvedores. A área de qualidade é muito grande e promissora. Quem trabalha com tecnologia tem que aprender a cada dia, pois é uma área muito dinâmica”.