Diferenças entre gêneros: por que elas ainda existem?

Diferenças entre gêneros: por que elas ainda existem?

desigualdade salarial entre homens e mulheres em uma mesma função persiste no Brasil, o que coloca o país entre as últimas posições no ranking internacional de igualdade salarial, conforme o relatório Global Gender Gap Report de 2020. Em 2009, as mulheres ganhavam 25% a menos que os homens, em 2017, essa diferença caiu para 20,7% e no ano passado, aumentou para 22%. Segundo Aline Laranjeira, sócia e líder da Prática de Avaliação de Conselhos na ZRG, essa disparidade sempre existiu.

“Há razões históricas para as mulheres ganharem menos (infelizmente). Quando começou a industrialização havia mulheres e crianças no mercado de trabalho, e eles ganhavam menos do que os homens. Isso vem dessa herança histórica. As mulheres costumavam, naquela época, não ocupar os mesmos cargos que os homens; os homens tinham empregos mais de direção”.

Segundo ela, isso vem melhorando e mudando, mas ainda timidamente. “Eu acredito que quando o mercado está mais competitivo, aquele segmento que está sofrendo mais, tendo maior competitividade por talentos, é onde você tem menores disparidades salariais e você tem maior número de mulheres em cargos de liderança. É a oferta e demanda. Você tem maior oferta, necessidade de cargos, tem de subir salários e promover pessoas e as mulheres se beneficiam destes movimentos”. 

Desta forma, diz Aline, “conseguimos maior equidade. Porque se aquela empresa estiver pagando menos, ela vai perder esta profissional para uma outra empresa que irá oferecer pagar aquilo que ela realmente merece e proporcionar melhor condição de trabalho e cargo”.

Melhores posições

Na avaliação de Aline, as mulheres têm evoluído muito na questão de autoconfiança, segurança para conseguir disputar as melhores posições, tentar os melhores salários. “Uma coisa que a gente escuta é que homens são mais agressivos nas negociações, eles pedem aumento de salário e quando eles vão trocar de emprego são mais incisivos na negociação dos pacotes para mudar de emprego”, comenta. 

Porém, como ela disse anteriormente, nos mercados em que há guerra de talentos isso acontece muito menos, porque é onde tem mulheres tão competitivas e tão bem remuneradas quanto os homens. Ela aproveita para deixar uma dica. “As mulheres têm de se valorizar, olhar para o mercado, mostrar o seu valor, fazer networking. Hoje, temos muito mais grupos de mulheres que discutem, começam a saber, medir salários, isso melhora bastante para o posicionamento delas”. 

Foto: Aline Laranjeira/Divulgação

Equidade

Questionada sobre o que falta para as mulheres conquistarem salários iguais, Aline responde que os segmentos que estão crescendo, precisando de pessoas qualificadas, são nestes espaços que elas realmente têm a oportunidade de salários e posições equivalentes. E os segmentos que não têm tanta competitividade têm mais aceitação de profissionais com salários menores

“Hoje, tem uma atenção muito maior sobre esta equidade, nós temos mais fóruns, mais grupos de mulheres que discutem isso, que entram a fundo na luta pela equidade. Temos mais visibilidade sobre o assunto. Além disso, as mídias sociais têm um papel importante tanto de denunciar práticas ruins como de enaltecer as boas práticas e para as pessoas poderem falar sobre suas empresas, o que serve de informação e incentivo para as mulheres”, explica.

Segundo um estudo inédito do ACI Institute, da consultoria KPMG no Brasil, a participação das mulheres em conselhos de administração subiu de 14% para 16% em comparação com 2021. O estudo analisou 293 companhias de capital aberto, e também mostrou que o percentual de empresas listadas com executivas em seu board subiu de 63% para 71% neste ano. Em 2018, menos da metade dessas empresas tinham mulheres nesse posto e a participação feminina era de 8%.

Força de trabalho

De acordo com a PNAD Contínua e o IBGE, as mulheres correspondem a maior parte da população fora da força de trabalho (entre trabalhos formais e informais) em todas as regiões do país, o equivalente a 64,7% (64,5%) dos inativos na média nacional. Entre a população desempregada, elas também são maioria: 53,8%. (53,45%).

Para explicar este cenário, Aline conta que as mulheres foram muito prejudicadas durante a pandemia, em todas as classes sociais, em trabalhos formais e informais. “Muitas tiveram de deixar seus empregos para cuidar dos filhos que precisaram de apoio, aulas online, cuidar da casa. Muitas delas perderam também seus empregos. Isso se intensificou. Na hora de escolher, quem fica e quem deixa, a mulher foi quem deixou o trabalho”. 

Ela acrescenta que nas classes sociais menos privilegiadas, a maioria das mulheres está em serviços domésticos e também no varejo. “São os dois maiores empregadores de mulheres. Dois empregos que “sumiram” durante a pandemia. Muitas famílias deixaram de ter ajuda, precisaram conter custos, enquanto o varejo ficou fechado e demitiu muita gente. Acredito que quando você olha isso numa média nacional, onde você engloba todas as mulheres, essas sejam algumas das razões para atribuir este resultado”, conclui. 

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