Um tema bastante em voga no mundo corporativo é a importância da cultura organizacional construída pelas crenças e valores emanados da liderança e traduzidos pelos colaboradores em ações diárias. A prática da cultura gera impactos para a saúde mental e física dos colaboradores e, consequentemente, na qualidade de vida. Uma pesquisa da Sodexo mostra que investir na melhoria da qualidade de vida no trabalho resulta um aumento de 86% nos níveis de produtividade dos funcionários, gerando 70% mais rentabilidade para os negócios. 

Segundo Thais Pegoraro, sócia da EXEC, consultoria especializada na busca, seleção e desenvolvimento de executivos, e avaliação e formação de conselhos, “à medida em que a cultura organizacional de uma companhia perpetua ações ligadas a aspectos como estratégia, gestão de pessoas, liderança, sustentabilidade, inclusão, entre outros, ela deixa seu legado, tendo em seu time pessoas mais realizadas e produtivas, que ficam na empresa”.

Envolvimento

A cultura organizacional é a combinação do jeito de ser e fazer das pessoas que participam dela; é um conjunto de elementos (crenças e valores) que influenciam o clima de uma empresa. “O principal vetor de evolução da cultura organizacional guarda relação direta com o evoluir do comportamento das pessoas. O principal empecilho para que a cultura evolua é não envolver as pessoas no processo de mudança”, alerta Thaís. 

Exemplo na prática

‍Na RecargaPay, a Head de Customer Relationship e Planning, Thuanny Almeida, conta o quanto a empresa preza por um ambiente saudável. “Não dá para dissociar vida profissional de vida pessoal, e a identificação e o pertencimento são fundamentais para que o colaborador se sinta bem. A RecargaPay se preocupa em oferecer um ambiente saudável e bom para todos os colaboradores, para que eles se sintam confortáveis para exercer sua função sendo quem são. A autonomia e a autenticidade de todos são fatores importantes para a nossa cultura organizacional”.

Propósito

‍Thuanny alerta para as empresas que reforçam uma cultura organizacional baseada no medo e não no propósito. “Em um ambiente permeado por valores limitantes ou negativos, os colaboradores atuam com medo. Medo de não encontrarem condições suficientes para exercer seu trabalho, de não receberem reconhecimento por seus feitos e serem avaliados como insuficientes para exercer o seu cargo. Todos esses aspectos estão ligados ao receio de terem um mau desempenho e serem punidos”.

A cultura do medo está intimamente ligada à baixa tolerância ao erro e, podemos dizer, à sobrecarga de tensão, estresse e excesso de jornada decorrente a esse conjunto de fatores. Com tudo isso, o funcionário não Desconecta do trabalho. 

Ela diz, ainda, que a cultura do medo pode até dar algum resultado por algum período, mas não é sustentável. Um profissional cuja alta performance é sustentável é antes de tudo um ser humano que tem uma vida sustentável. Na RecargaPay, eu me sinto motivada e engajada a fazer acontecer e vejo que o mesmo acontece com meus times e com demais colegas”. 

Desconecta

‍Outro ponto fundamental diretamente relacionado à qualidade de vida é o tempo em que o profissional se dedica ao trabalho e o tempo que se dedica à sua vida fora do trabalho. A cultura organizacional deve olhar para o autocuidado, e existem soluções que permitem estimular a desconexão. Um exemplo de solução é o Desconecta, da Soft Trade, que vai enviando lembretes ao colaborador a respeito da sua jornada de trabalho e ajuda ao líder na gestão do seu time.