Há 35 anos começou a história da Soft Trade, uma jornada com muito pioneirismo e inovação, desenvolvendo soluções para RH, principalmente, ouvindo muito as dores dos clientes. “A gente brinca que nós temos dois olhos, dois ouvidos e que só a boca não tem par, portanto, é melhor ver e ouvir do que falar. Nós ouvimos muito os nossos clientes, eles sempre fazem parte das soluções que criamos e cada um deles nos ajuda a colocar um tijolinho, para que a gente forme e construa uma solução cada vez mais robusta. Cada um deles faz parte da nossa história”, afirma Alexandre Eisenmann, sócio e fundador da Soft Trade.
Formado em Engenharia Eletrônica, Eisenmann iniciou a sua carreira em uma fábrica de computadores e ministrava cursos sobre a linguagem de programação Applesoft BASIC, do Apple II Plus, segundo modelo da série de microcomputadores Apple II da Apple Computer. Os seus primeiros clientes foram os seus alunos, que lhe contratavam para desenvolver sistemas.
O marco inicial foi um sistema de Folha de Pagamento. Três anos depois, junto a um sócio, ele criou a Tecnical Software TS. A sociedade foi desfeita e posteriormente, nascia a Data Trade que se tornaria, mais tarde, a Soft Trade.
PRIMEIRO PASSOS
Da época da Data Trade, a inovação foi a criação de um software para o desenvolvimento de ferramentas para processos de gestão administrativa, como fluxo de caixa, folha de pagamento e contabilidade. De lá para cá, a Soft Trade não parou de crescer. “Sempre fomos pioneiros e na disputa com outras empresas, nós éramos o ratinho contra o elefante. Éramos menores, tínhamos a facilidade, a mobilidade e a rapidez de um rato na corrida contra um elefante”.
E foi assim que, com a tecnologia cliente-servidor, provendo soluções em módulos para serem acessados pelos clientes, que a Soft Trade conquistou muitos clientes e desbancou muitas empresas de tecnologia, que ainda não disponibilizavam esta tecnologia. “O nosso mote sempre foi desenvolver ferramentas para dar poder ao usuário”, diz Eisenmann. No início dos anos 2000, a Soft Trade foi pioneira no Brasil ao criar o FatoRH/web, um software de Folha de Pagamento 100% web, com suas funções executadas por browser.
“Quando criávamos algo, nós pensávamos no futuro, no quanto a tecnologia iria evoluir. E como é até hoje, nós fazemos um negócio organizado, modelado, bem planejado e nunca colocamos limitações técnicas como um problema, pois sabíamos que a tecnologia iria evoluir e a limitação técnica que existia quando fizemos o plano, não existiria mais quando o plano fosse implementado. Nisso, nós acertamos muito”, comenta.
GRANDES CONQUISTAS
Com o FatoR H, a Soft Trade foi conquistando grandes contas, a primeira delas, a do Banco Itamaraty, que lhe abriu portas para várias outras instituições financeiras. “Foram vários bancos como clientes, ao ponto de chegarmos a pensar o que tínhamos que fazer para o mercado não achar que a nossa Folha de Pagamento era exclusivamente para os bancos”, recorda-se.
O passo seguinte foi o desenvolvimento do FatoR H/M, que foi utilizado pela Credicard. Até então, apenas uma pessoa por vez podia utilizar o software. Agora, como o próprio nome diz, M, de multiuso, várias pessoas poderiam acessá-lo em rede.
Foi então que em uma feira de informática, a Soft Trade estava expondo um produto ainda em fase de finalização, o FatoR H/W. A novidade era ele rodar em ambiente Windows (o anterior, ainda rodava em DOS) e logo, isso foi no início dos anos de 1990, ele foi adotado pelas Lojas Brasileiras e Lojas Marisa, ambas contemporâneas e do mesmo grupo econômico. “Eles tinham 5.000 funcionários em cada empresa e nós fizemos um projeto sensacional para eles”, recorda-se.
Outro marco importante foi a participação no grupo que criou o eSocial, por decreto em 2014. “Nosso cliente, a Toyota, nos pediu para representá-la neste grande projeto feito pelo Governo Federal com importante apoio do nosso grupo. Tivemos um papel de liderança no grupo por vários motivos, o principal deles, é que queríamos que o Governo entregasse o melhor produto possível para facilitar a vida dos nossos clientes, sem nos importarmos se isso representaria maior esforço do nosso lado”.
Entre tantos outros marcos, Eisenmann destaca a criação do Controle de Jornadas em parceria com o Citibank, em 2015. “Eles já usavam a nossa solução de folha de pagamento, a qual adaptamos para as atender às políticas de segurança do grupo. Naquele momento a área Jurídica demandou à área de RH do banco uma alternativa para mitigar riscos trabalhistas com horas extras e assim nasceu o Controle de Jornadas”.
O Controle de Jornadas continua sendo um sistema inovador, ao restringir o acesso às estações de trabalho fora do horário do expediente, seja no presencial ou no home office, de acordo com as políticas da empresa e a legislação. “Ele contribui para a qualidade de vida dos colaboradores, que ficam impedidos de extrapolarem a sua jornada. E se a empresa permitir, ele tem a possibilidade de exercer a mobilidade em sua jornada e mesmo ter horas extras pré-aprovadas em períodos de pico de trabalho”, explica.
O Controle de Jornadas continua sendo um sistema inovador, ao restringir o acesso às estações de trabalho fora do horário do expediente, seja no presencial ou no home office, de acordo com as políticas da empresa e a legislação. “Ele contribui para a qualidade de vida dos colaboradores, que ficam impedidos de extrapolarem a sua jornada. E se a empresa permitir, ele tem a possibilidade de exercer a mobilidade em sua jornada e mesmo ter horas extras pré-aprovadas em períodos de pico de trabalho”, explica.
PROXIMIDADE AOS CLIENTES
Ao longo dos anos, e até a estabilização da economia com o Plano Real, a Soft Trade passou por vários planos econômicos, entre eles o Bresser (1987), Verão (1989), Collor 1 (1990), Collor 2 (1991) e a URV (Unidade Real de Valor) uma moeda de transição entre o Cruzeiro Real e o Real, instituída em
1994. Daquela época, Eisenmann guarda uma grande recordação.
“Naquela fase de transição da URV para o Real, havia muita insegurança e não tínhamos o caminho das pedras. Um dos nossos clientes, o banco Sogeral,
cedeu um auditório e nos reunimos com os clientes para tratarmos do tema. O que pode parecer negativo, uma fragilidade, na verdade foi muito positivo, pois com a contribuição de cada um deles, nós ficamos totalmente alinhados e fizemos os ajustes legais no sistema. Depois de anos, encontramos um cliente que se lembrava desta reunião e falava bem da gente por causa dela”.
PERCEPÇÃO
Sobre o sucesso da Soft Trade há 35 anos no mercado, em um país em que 37% das empresas não conseguem sobreviver após cinco anos de existência, Eisenmann é enfático: percepção. “A percepção das oportunidades é o que faz com que a gente busque soluções. É vestir o sapato do cliente, entender qual é a sua dor e poder lhe propor uma solução. Nós já passamos por vários planos econômicos, o que nos deu muita maturidade. Eu diria que o sucesso é também ter muita resiliência e paciência. Não sossegamos enquanto não atingirmos o nível de excelência que exigimos para nós mesmo”.
E claro, inovando sempre. “É ser jovem, pois a juventude não está na idade, ela está na cabeça. Temos que ter essa juventude sempre dentro do nosso coração, do nosso negócio. Nós prestamos muita atenção nas oportunidades, isso tem muito a cara de startup, querer sempre novas experiências. A jovialidade está dentro da gente, no nosso dia a dia, das pessoas que a gente contrata e das relações que criamos”.
O sócio Arthur Asnis acrescenta. “A Soft Trade é movida a resolver os problemas dos clientes, enxergar e entregar uma solução. E foi assim que ao longo destes 35 anos, nós fomos construindo e desenvolvendo soluções, sempre inovando e acompanhando a evolução da tecnologia, como foi mais recentemente com a Lista de Presença e com o Status de Treinamento, dois produtos inéditos no mercado”.
Ele destaca também a aproximação com o cliente como um diferencial, não apenas para o desenvolvimento de soluções, mas no suporte. “Eles não são atendidos de forma automatizada, valorizamos muito o contato humano, nosso atendimento é ágil e rápido, inclusive, por parte dos nossos gestores, quando necessário”.
A nossa experiência e o nosso espírito, ressalta Asnis, é buscar soluções que fazem da Soft Trade uma “startup” com muita bagagem. “Quando falamos em MVP (Menor Produto Viável), ele já é concebido com muita maturidade”.
PRÓXIMOS PASSOS
Para finalizar, Eisenmann conta que o foco para os próximos cinco anos é consolidar o Controle de Jornadas e também outras soluções. “A maioria no modelo de software como serviço (SaaS), o que é ainda mais interessante para os clientes. Continuaremos inovando, embutindo novas tecnologias à medida que vão surgindo os aplicativos e a meta é triplicar o faturamento em cinco anos”.